10 janeiro 2006

Demarcação

não suspeitas que demarco teu olhar
não vigias, não desvendas, não desvias
de onde cerco teu mirante a me conter

não percebes, não pertences ao que és
é quase um corpo este universo que te dou
tem orientes, desesperos, tem o sol
mas não tem jeito, não tem nome, não tem par

o nosso encontro é uma terra sem lugar
não tem futuro nem medida nem razão
o teu olhar é que me inventa e me mantém
ele demarca a solidão que me possui

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