você procura o que eu digo quando calo
você sabe que eu minto poesias
e que isso é um truque
você revira meus poemas e quer
a contraprova das palavras
você sabe que estou nua e me finjo de louca
você esfaqueou palavras
para sugar os sentidos
e não encontrou nada por dentro
você sabe que não posso fugir
que escrever é como dar um xeque-mate em você mesmo, mas,
você sabe,
sempre haverá algo que jamais descobrirás
porque, no poema,
as únicas coisas realmente minhas
são as entrelinhas
Nenhum comentário:
Postar um comentário