16 janeiro 2006

A Espera

te espero

dentro de mim,
esgrima silenciosa
entre a esperança e o medo

a qualquer hora a minha ansiedade pode virar pó

ouço passos se aproximando
as pernas em ponteiros de relógio
falta pouco
falta nada

é só o tempo passando
de novo

se eu desse por decreto que não vens
já cessaria a angústia, romperia o vínculo
mas não posso
não é mais a tua vinda que me prende aqui

é a esperança
que não quer sair

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