como se tantos espelhos gigantes
dispostos uns contra os outros
trincassem
em mais e mais ângulos, cortes
o teu corpo ao centro do quarto
são quatro paredes de vidro
retendo de ti várias faces
e todos os olhos vidrados
em tudo de ti que é disfarce
nenhum dos espelhos percebe
no olhar a imagem se esquece
aquele que escapa ao reflexo
é o único que te reconhece
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